sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Ambientalistas e moradores criticam projecto (Rádio Renascença 21.08.2008)

A Quercus e a associação de moradores de “Nova Oeiras” apontam o dedo ao projecto de urbanização da ex-fundição de Oeiras.

O processo de loteamento está em consulta pública até ao final do mês e prevê a construção de vários prédios com 10 andares e duas torres de 25 pisos, mas são várias as queixas sobre a forma como está planeada a reconversão daquela área.

“Desproporcionado para o local e para o concelho”, é assim que a Quercus classifica o projecto porque - dizem os ambientalistas - prevê um enorme aumento do índice de construção, o triplo do que é permitido pelo Plano Director Municipal.

Os ambientalistas consideram também que as soluções de circulação previstas não dão resposta ao aumento de milhares de pessoas que passarão a frequentar e a habitar aquela zona.

Esta é uma posição partilhada pela presidente da associação de moradores de Nova Oeiras. Gisela Sousa, que lamenta também que o município tenha colocado o projecto de urbanização da ex-fundição de Oeiras em consulta pública durante o Verão, altura em que muitos munícipes estão de férias.

CC/António José Soares

Fonte: www.rr.pt

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[NOTA do blogue fundicaodeoeiraseseutermo: dividindo a área bruta de construção (155 000 m2) pela área do terreno (82 867 m2) obtém-se um índice de construção de 1,87, ou seja, 3,9 vezes superior ao índice permitido para esta zona que é de 0,48. Foi esse índice de 1,87, aliás, que foi discutido na reunião a que faz alusão o artigo do Público anteriormente publicado e que consta do memorando nele referido existente no processo camarário 67/2007. A câmara avança agora com o índice de 1,84 que, por sua vez, é 3,8 vezes superior ao permitido pelo PDM, sem explicar exactamente que descontos faz à área bruta de construção para obtê-lo. Note-se que não afirmamos que este índice de 1,84 esteja errado, dizemos apenas que não é demonstrada a forma como foi calculado.
De qualquer modo, sabemos que o índice de construção é 3,8 a 3,9 vezes superior a 0,48. Assim, o índice não é apenas o triplo do permitido, como vem referido na peça da Rádio Renascença, mas, efectivamente, quase o quádruplo!]

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