sábado, 23 de agosto de 2008

ISALTINO MORAIS SUSPENDEU PROJECTO DA FUNDIÇÃO DE OEIRAS POR CAUSA DO EXÉRCITO (in Público Local de 23.08.2008)

José António Cerejo

A Câmara de Oeiras decidiu suspender a tramitação do processo de loteamento dos terrenos da antiga Fundição de Oeiras, em consequência do parecer desfavorável emitido pelo Exército no mês passado.

Em resposta a perguntas do PÚBLICO, o gabinete de comunicação da autarquia informou ontem, por escrito, que "a Câmara Municipal de Oeiras acata a referida decisão [parecer do Exército] ficando o processo suspenso". A informação acrescenta que a a Câmara "só lamenta que o referido parecer não tenha sido emitido mais cedo, uma vez que se tal tivesse sucedido os trâmites do processo teriam sido já suspensos, obviando o período de discussão pública que se encontra em curso" e que prosseguirá, apesar da suspensão do processo, até dia 30.

No parecer emitido, o Quartel-mestre-General do Exército rejeita a construção de quase duas dezenas de edifícios com cerca de dez pisos e de duas torres de 25, que a câmara se preparava para autorizar no local, admitindo apenas um máximo de seis pisos, devido à proximidade das instalações do Quartel da Medrosa, onde funciona o Comando Operacional do Exército. O projecto está a ser igualmente alvo de ampla contestação dos moradores da zona.

Isaltino começou por dizer que o parecer do Exército não tinha qualquer validade, mas acabou por decidir acatá-lo.

Fonte: jornal.publico.clix.pt

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[NOTA do blogue fundicaodeoeiraseseutermo: apenas duas notas que nos parecem, nesta altura, importantes.
Em primeiro lugar, o que é agora anunciado é uma mera suspensão do projecto de loteamento e não a sua anulação. O projecto de loteamento irá reaparecer no futuro sob uma outra forma. Importa, pois, não desarmar, denunciar as irregularidades cometidas, manifestar a vontade dos moradores relativamente ao modo como deve ser requalificada esta zona, estar atento ao desenrolar dos acontecimentos e agir em conformidade.
Em segundo lugar, parece-nos da mais elementar justiça sublinhar o facto de ter sido o jornal Público e o jornalista José António Cerejo os únicos, de entre todos os jornais nacionais, a fazer um acompanhamento continuado e uma excelente investigação sobre este caso, nomeadamente, ao denunciarem e tornarem públicas algumas das faltas mais graves de que enferma este processo. Em nome do blogue fundicaodeoeiraseseutermo e, estamos certos, da esmagadora maioria dos munícipes de Oeiras, os nossos parabéns, o nosso muito obrigado por um magnífico trabalho e os votos de que continuem atentos aos desenvolvimentos deste caso.]

2 comentários:

Isabel Magalhães disse...

Subscrevo os agradecimentos e elogios ao jornal Público e ao jornalista José António Cerejo pelo excelente trabalho e acompanhamento dado ao assunto.

Saudações

Isabel Magalhães

Anónimo disse...

Projecto em discussão pública

Enquanto residente em Oeiras desde 1971, quero apresentar o meu profundo desacordo e descontentamento com o que se projecta construir no local onde ainda está instalada essa Fundição.

A minha tomada de posição não está enfeudada a qualquer partido ou interesse económico.

Maria Suzete do Carmo Aleixo de Meneses, residente na Rua Pedro Nunes, 20-2º Esq em Oeiras